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Publicado em 21/03/2012 | Categoria: Meteorologia
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Com a coordenação da Agência Pernambucana de Águas e Clima - APAC, nos dias 19 e 20 de março de 2012, estiveram reunidos em Recife no auditório da APAC, meteorologistas dos Centros Estaduais de Meteorologia da Região Nordeste e do Instituto Nacional de Meteorologia - INMET. Simultaneamente também ocorreu uma vídeo conferência com meteorologistas do INPE-CPTEC em Cachoeira Paulista, do INMET em Brasília e Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais - CEMADEN, para elaborar o prognóstico climático referente ao período de abril a junho 2012 para o setor Leste Nordestino.
ANÁLISE DAS CHUVAS OCORRIDAS EM FEVEREIRO DE 2012 NA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL
A Figura 1 mostra o campo de anomalias pluviométricas sobre o Nordeste durante fevereiro de 2012. Nota-se anomalias negativas em grande áreas dos estados do Nordeste. A distribuição espacial da precipitação durante o mês foi devida em grande parte à presença da Zona de Convertência Intertropical (ZCIT) ao norte do Nordeste e de vórtices ciclônicos em ar superior. Em destaque, observou-se grande variabilidade temporal e espacial da pluviometria. A ZCIT atuou principalmente sobre a parte norte do Nordeste, permanecendo mais ao Norte de sua posição climatológica para o mês.
ANÁLISE DAS CONDIÇÕES OCEÂNICAS e ATMOSFÉRICAS GLOBAIS.
Os dados dos parâmetros oceânicos e atmosféricos de grande escala observados durante o mês de fevereiro de 2012, com destaque ao campo de temperatura da superfície dos oceanos (figura ao lado) mostrou um inicio do decaimento da La Niña, devido ao aquecimento das águas superficiais do oceano Pacifico central e leste, principalmente na área do niño 1+2, localizado na costa oeste da América do Sul, com desvios negativos de até 1,5 ºC. A maioria dos modelos de previsão climática, mostra que o fenômeno La Niña regresse a um padrão próximo a normalidade, com um ligeiro evento de La Niña fraca, no trimestre de Abril, Maio e Junho de 2012. Entretanto, as condições atuais da temperatura das águas superficiais do oceano Pacífico continuará afetando os padrões de precipitação do globo. A bacia tropical Sul do oceano Atlântico apresentou um resfriamento, enquanto que a bacia tropical norte apresentou um pequeno aquecimento. Esse comportamento favorecerá a permanência da Zona de Convergência Intertropical (principal sistema meteorológico responsável pela ocorrência de chuvas no semiárido nordestino), para posições mais ao norte da Linha do Equador.
PREVISÃO DAS CHUVAS PARA O TRIMESTE ABRIL A JUNHO DE 2012
A maioria dos modelos oceânicos e atmosféricos do CPTEC/INPE, NCEP, NCAR, COLA e NASA, assim como os modelos acoplados oceano-atmosfera do CPTEC/INPE, ECMWF, UKMET indicam tendência de chuvas normais a abaixo da média sobre o setor leste do Nordeste Brasileiro. Desta forma, de acordo com as atuais condições oceânicas e atmosféricas, para o período de abril a junho de 2012, a tendência é de chuvas variando de normal a abaixo da média histórica para o setor Leste do Nordeste brasileiro, com as seguintes categorias de probabilidades: 25% acima, 45% normal e 30% abaixo. Adverte-se que não está descartada a possibilidade de ocorrência de chuvas de intensidade moderada a forte, com alta variabilidade temporal e espacial em áreas na Região, sendo de fundamental importância o monitoramento contínuo das condições atmosféricas sobre a região e as condições oceânicas e atmosféricas globais. A próxima reunião de análise climática será realizada no Estado de Alagoas (abril de 2012) sob a coordenação do Departamento de Meteorologia de Alagoas – DMET.
Para saber mais sobre a IV Reunião de Análise e Previsão Climática de 2012 para o Setor Leste do Nordeste, clique aqui para visualizar o INFORME CLIMÁTICO.
PARTICIPANTES PRESENCIAIS
AESA - Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba
EMPARN – Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte
FUNCEME - Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos
SEMARH – AL – Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos
SARA – PE – Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco
CPRM – Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais
INMET – Instituto Nacional de Meteorologia
ITEP – Instituto de Tecnológico de Pernambuco
UFPE – Universidade Federal de Pernambuco
CODECIPE – Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco
CODECIR – Coordenadoria de Defesa Civil de Recife
CEDEC – Coordenadoria de Defesa Civil de Alagoas
LABMET – Universidade Estadual do Maranhão